LITERATURA

"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida. A música embala, as artes visuais animam, as artes vivas (como a dança e a arte de representar) entretêm. A primeira, porém, afasta-se da vida por fazer dela um sono; as segundas, contudo, não se afastam da vida - umas porque usam de fórmulas visíveis e portanto vitais, outras porque vivem da mesma vida humana. Não é o caso da literatura. Essa simula a vida. Um romance é uma história do que nunca foi e um drama é um romance dado sem narrativa. Um poema é a expressão de ideias ou de sentimentos em linguagem que ninguém emprega, pois que ninguém fala em verso"Tema: Literatura

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Procura


Deletreei mal-afamados cansaços em requintadas maquilhagens.

Oh sim, palavreado submerso de ternos momentos,Lápides transfigurantes em
Mágoas Alheadas no Sentir de paraísos esvaídos.

Anda, vai ao túnel do tempo, transparentes passagens obscuras,
Filtrar Caminhos transbordantes.,

Centelhas do tempo revisitadas por rugas subtraídas ao espelho da câmara transbordante de sentires falhados.

Vai, busca frugalidades do então
Embebeda-te em paraísos da lassidão ancestrais
Esmera-te nas páginas do tempo
Qual gata revivendo vidas.

E assim foi viagem,Procura.


Bento Elias



quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

T.C. (2) " AMINHA NUVEM"

A minha nuvem regenera
envolve
dissolve.,
explode em chuva de pirilampos multicores
alumia-me a alma.

Nela viajo
travessias ancestrais de encontroa mim.

Banho-me em cântaros de silêncio,
oiço cantos de serenidade,
melodias do existir.

A minha nuvem poisa
desembarco,
ela afasta-se
eu encontro-me.

Bento Elias

sábado, 21 de janeiro de 2012

T.C. - " Círculo "

O círculo ora abrindo, ora fechando

Inebriando vai opúsculos de miragens

ora agora planícies esvoaçantes, horas pois  mares rolantes.

Vagas de sede afogam mágoas

Em derrapantes tomba-las do imprevisível.



Ora fechando ora abrindo

O círculo vai obliterando elipses de alentos

Em engrenagens. Equilíbrios.

E, roda nas horas dos dias, dos dias do ano.

Nos lapsos do tempo emergindo vou

Em encantados desencantos

A protelar existências, a equilibrar pêndulos.

Então espreito paraísos e

Fluíres submersos brotam em arco-íris de espasmos no findar da acalmia.


terça-feira, 21 de junho de 2011

Natureza

Nem quente nem frio
branco ou preto .
Nem nada aquém do além .
Antes flores rasgadas,
estilhaçadas pelo zumbir dos insectos
a subsistirem mais fortes que aço
a recriarem-se  velozes
em lâminas que o vento corta.
E, na macieza do átomo
bate e bate
e na fenda inacessível germina ,
Imergindo do fogo, do gelo
no cume das profundezas
dos quatro cantos do mundo.
nem morno,  amarelo, vermelho
Só cor , vida a emergir.

Bento Elias

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

REESCREVI-TE

Reescrevi-te para voltar a ler-te, para voltar a ter-te.


Nos rodopios dos enlaces

Onde nem a escuridão das luzes

Nem o movimento  aquém  me tolhem ,

Porque ……………..., esqueço-me.



Reminiscências avivo e então caminho.

Caminho para me voltar a ver

Para me voltar a querer

Nos braços da música

Na dança dos abraços.



Bento Elias

quinta-feira, 24 de junho de 2010

16062010

Não juízes tuas lembranças.


Esgueiraram-se.

Teu ato projetou-se, embateu e espraiou-se

Meu estômago colheu., esse murro doeu.

Pelo teu dizer não ao esquecimento.



O que é que outrora fizemos

o que é que no futuro (sem tempo) faremos, não sei.

Ficam elos faiscantes traçados em fios prateados

Emergindo de mãos condutoras que não dês largam

Algures pegaremos no tempo sem tempo

E redimiremos em cachoeiras de afetos

.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Avião no espaço avisto
<< Faz um desejo, já>>
quantas inocências miradas fazíamos .
Como o namoro, em tempos de verdes anos .

Frenesins ferviam em nossos corpos
escalpelados no corredor,
parede meias entre a sala e cozinha
Fruição momentânea de jogos de mãos
tempos parados, sombras e sufocados sussurros.

Quão real nossas ânsias agora sinto
tão real ,como a aeronave que no céu se esfuma
por sobre nuvens,
tão depressa, como desta vida saíste

Olha um Avião << Faz um desejo >>

agora no pacto a um, que do alto ,
para além do lugar de todos os desejos
para baixo olhes, e em paz sorrias
de primaveras escaldantes.